De
vez em quando há um autocarro ao portão da nossa escola e uma turma
"sortuda" lá vai passear. No dia 15 de novembro, terça-feira calhou
às turmas do 10º e 11º anos.
Ainda
não eram 8h30 já a turma estava reunida ao portão tal como tinha sido prometido
à professora de português. Algum tempo depois entrámos para o autocarro. Como
de costume, era imperativa a ordem alfabética que deixa sempre mais ansiosos
aqueles cujos nomes estão no final.
Com
tempo, cada um tomou o seu lugar e lá fomos nós todos contentes com destino a
Lisboa.
Acho
que todas as viagens em que estão muitos adolescentes juntos são animadas e a
nossa não foi exceção! Houve cantorias, brincadeiras, piadas e tantos outros
motivos de diversão.
Chegados
a Lisboa esperámos a professora tratar da nossa entrada no Museu do Teatro e da
Dança enquanto comíamos o nosso lanchinho.
Após
isso entramos para a sala onde iríamos ser presenteados com o teatro
"Vieira - O Sonho do Império". O teatro foi surpreendente. Não falava
apenas do Sermão de Santo António (matéria lecionada nas aulas) nem tinha um elenco de vinte e tal atores
super conhecidos. Foi muito diferente do que pensei que seria, mantendo uma
qualidade extraordinária e um enredo capaz de nos manter interessados tanto
pela interpretação dos excelentes atores, como também pela utilização de meios
tecnológicos e modernos como a nossa geração necessita.
O
teatro apresentou-nos diversos momentos da vida do Padre António Vieira.
Revelou-nos pormenores sobre ela que desconhecíamos. Provocou-nos o riso em
momentos bem situados e retratou, noutras alturas, situações bastante mais
sérias e austeras.
Certamente
que foi o Tupi quem atingiu o favoritismo pelos momentos caricatos que
proporcionou. Um nativo americano intimamente ligado a Padre António Vieira
pois era seu discípulo.
Na
minha opinião, toda a organização da peça estava bem construída e dou os
parabéns a toda a companhia que nos preparou o maravilhoso espetáculo
presenciado. No entanto, destaco o trabalho de David Martins, técnico de som;
pois tínhamos uma banda sonora excecional a acompanhar toda a peça
intensificando os momentos que mereciam essa intensidade e ajudando a
transmitir a ideia pretendida por toda a encenação.
Quando
o espetáculo terminou, corremos da sala esfomeados e foi hora de comer outro
lanchinho (porque, como verdadeiros adolescentes, estamos sempre com fome). Foi
o tempo de estar com os amigos, de tirar selfies
e conversar com o segurança do museu. Ocupámos um pequeno espaço no exterior,
uma vez que, infelizmente, naquele dia nos estava interdita a passagem aos
jardins que rodeiam o edifício.
De
seguida, fomos conduzidos por uma fascinante visita à exposição do Museu do
Teatro e da Dança. A visita estava deveras bem construída, ao longo da mesma
fomos colecionando algumas “peças” de um puzzle
em que resulta um espetáculo de teatro. Começando pelos trajes de palco,
passando por cenários, edifícios, iluminação, e tantos outros aspetos de enorme
importância, terminando com a publicidade do espetáculo.
Terminada
a visita foi hora de almoçar (comer novamente). As turmas dividiram-se em busca
do que mais lhe agradava para o almoço, mas unimo-nos todos numa só esplanada
enquanto comíamos. Foi o momento mais relaxante do dia pois podemos estar
simplesmente sentados a comer e conversar.
Depois
de cada um comprar as sobremesas desejadas e de se guardarem pastéis de Belém
para trazer para o Alentejo; foi altura de voltar ao autocarro. Desta vez, rumo
ao MAAT (Museu da Arte, Arquitetura e Tecnologia). Apesar de ter sido o maior e
mais “chocante” imprevisto da nossa visita, tivemos acesso a algumas vistas
agadáveis. Pudemos apreciar um pequeno persurco pedestre à beira rio até
chegarmos ao museu e, ao chegar, deliciar-nos com a vista panorâmica sobre o
Tejo ao por do sol.
A
maior e talvez mais útil aprendizagem do dia foi saber que o MAAT encerra às
terças-feiras, conhecimento que não tínhamos anteriormente.
Voltámos
a casa e desejamos mais dias como este.
Catarina Vieira da Silva 11ºA
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