Como é sabido, a marinha desempenhou um papel fundamental nos acontecimentos do 5 de Outubro de 1910.
A personagem de que a seguir se fala foi um dos marinheiros mais determinados no apoio à República, mas também um dos mais controversos.
Eis algumas notas biográficas:
António Maria de Azevedo Machado dos Santos
– 1875: nasce em Lisboa a 10 de Janeiro.
– 1891: alista-se na Marinha em 29 de Outubro.
– 1892: chega a aspirante de 2.ª classe ou 2.º comissário.
– 1895: ascende à categoria de comissário naval de 3.ª classe ou 3.º comissário.
– 1908: em Junho é iniciado na Carbonária; participa na revolta do 28 de Janeiro.
– 1910: tem o posto de 2.º tenente ou comissário de 2.ª classe, na altura da Revolução de 5 de Outubro de que é um dos protagonistas; a 12 de Novembro funda o jornal “O Intransigente”
– 1911: é eleito deputado para a Assembleia Constituinte; galardoado com o posto de capitão-de-mar-e-guerra.
– 1913: envolve-se na tentativa revolucionária de 27 de Abril.
– 1914: intervém nos distúrbios em Lisboa na noite de 26 de Janeiro.
– 1915: ditadura de Pimenta de Castro; é preso e deportado para os Açores.
– – 1916: a 13 de Dezembro chefia a revolta de Tomar; novamente preso vai para a prisão do Fontelo em Viseu.
– 1917: ministro do Interior no primeiro governo de Sidónio Pais.
– 1918: secretário de Estado das Subsistências e Transportes no segundo governo sidonista até 11 de Maio; em ruptura com Sidónio Pais propõe no Senado uma amnistia. – 1919: organiza um grupo de combatentes que se bate contra os revoltosos monárquicos acampados na serra de Monsanto; salva a República, recolhe à vida privada e retira-se da actividade política.
– 1921: morre, assassinado, em Lisboa na noite de 19 de Outubro.
Recolha de:
João Canelas, 6º ano, turma A
História e Geografia de Portugal
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